Ocidental
252
26.30-26.40%
8
Benin
9
Burkina Faso
7
Costa do Marfim
5
Níger
4
Senegal
12
Togo
11
Mauritânia
20
Mali
Norte
22-25
2.30-2.60%
10
Egipto
17
Marrocos
14
Tunísia
Central
384
40.00-40.20%
3
Angola
2
Camarões
6
República Democrática do Congo
15
Congo
Oriental
289
30.20-30.30%
1
Madagáscar
22
Moçambique
16
Zimbabué
18
Etiópia
23
Uganda
24
Zâmbia
19
Quénia
21
Tanzânia
Sul
8
0.84%
13
África do Sul
Números de OP por Países e Percentagens face ao total de África
com lei OP
sem lei OP
1Madagáscar
270
28.15-28.07%
2Camarões
167
17.41-17.36%
3Angola
164
17.10-17.05%
4Senegal
123
12.83-12.79%
5Níger
50
5.21-5.20%
6República Democrática do Congo
45
4.69-4.68%
7Costa do Marfim
35
3.65-3.64%
8Benin
16
1.67-1.66%
9Burkina Faso
11
1.15-1.14%
10Egipto
10-13
1.04-1.35%
11Mauritânia
10
1,04%
12Togo
9
0.94%
13África do Sul
8
0.83%
14Tunísia
8
0.83%
15Congo
7
0.73%
16Zimbabué
5
0.52%
17Marrocos
4
0.42%
18Etiópia
3
0.31%
19Quénia
3
0.31%
20Mali
3
0.31%
21Tanzânia
3
0.31%
22Moçambique
2
0.21%
23Uganda
2
0.21%
24Zâmbia
1
0.10%
3Madagáscar
270
28.15-28.07%
4Camarões
167
17.41-17.36%
5Angola
164
17.10-17.05%
6Senegal
123
12.83-12.79%
7Níger
50
5.21-5.20%
8República Democrática do Congo
45
4.69-4.68%
9Costa do Marfim
35
3.65-3.64%
10Benin
16
1.67-1.66%
11Burkina Faso
11
1.15-1.14%
12Egipto
10-13
1.04-1.35%
13Mauritânia
10
1,04%
14Togo
9
0.94%
15África do Sul
8
0.83%
16Tunísia
8
0.83%
17Congo
7
0.73%
18Zimbabué
5
0.52%
19Marrocos
4
0.42%
20Etiópia
3
0.31%
21Quénia
3
0.31%
22Mali
3
0.31%
23Tanzânia
3
0.31%
24Moçambique
2
0.21%
25Uganda
2
0.21%
26Zâmbia
1
0.10%
Posicionamento Global
A disseminação dos Orçamentos Participativos no continente africano tem-se caraterizado por uma dinâmica de crescimento pausado, mas ininterrupto. Este ritmo é determinado por 33 alguns fatores essenciais, entre os quais se destacam dois:
- Um de âmbito estrutural, relacionado com os processos de descentralização em curso – uns mais avançados e outros ainda em estado embrionário – de forma a criar as condições institucionais necessárias à existência de governos locais nos diferentes países, com maior ou menor autonomia orçamental e de recursos técnicos e políticos, bem como de atribuições e competências na gestão do território;
- Outro de caráter contextual, diretamente dependente da presença de agências de cooperação internacional no território, determinantes no convencimento e no suporte técnico prestado aos agentes políticos de cada país. Estes atores têm sido decisivos na introdução dos Orçamentos Participativos em África, nomeadamente nos locais onde existem ou estão a ser criadas as condições institucionais indicadas no ponto anterior.
Apesar do dinamismo assinalado, registam-se também algumas situações de retrocesso no continente, como é o caso de Moçambique, que entre as hesitações políticas e a crise financeira despoletada em 2015 viu reduzidos os casos de Orçamento Participativo no país. Segundo o trabalho efetuado pelos diferentes autores, foi possível diagnosticar entre 955 e 958 Orçamentos Participativos em África, o que representa cerca de 8% do total de casos a nível mundial.
Em termos internos, a sub-região da África Central destaca-se com cerca de 40% dos Orçamentos Participativos diagnosticados no continente.
Destaques
De acordo com os dados apurados, sobressaem os seguintes elementos:
- Madagáscar, como o país africano com maior número de Orçamentos Participativos, nomeadamente 270, representando cerca de 28% do total de processos diagnosticados nesta região do planeta;
- Angola, como o primeiro país no continente a criar uma legislação nacional que torna obrigatória a adoção dos Orçamentos Participativos por parte de todos os municípios. O caso angolano é igualmente peculiar por se tratar da primeira nação, a nível mundial, a legislar sobre esta matéria sem possuir qualquer experiência prévia assinalável em termos da sua implementação. Esta decisão acontece num contexto que antecede a realização das primeiras eleições democráticas para os órgãos municipais, previstas para 2020;
- A existência de um processo de âmbito nacional na República Democrática do Congo. Segundo os elementos apurados, trata-se sobretudo de um “seminário de orientação orçamental”, assim designado, organizado pelo Ministério das Finanças, que permite ao Governo apresentar as principais linhas de prioridade ao nível das diferentes políticas setoriais, e recolher contributos por parte dos parceiros técnicos e financeiros, bem como de organizações da sociedade civil.
Distribuição Institucional
A expansão dos Orçamentos Participativos em África, despoletada sobretudo a partir do início do novo milénio, tem sido assegurada por diferentes tipologias de instituições:
- A grande maioria dos Orçamentos Participativos identificados no continente, cerca de 86%, é promovida por governos locais, nas suas diferentes formas;
- Entre as 11 e 12% dos processos são organizados por outras tipologias de instituições;
- Entre 2 e 3% dos casos diagnosticados são despoletados por governo regionais. A este nível destaca-se a Costa do Marfim, com mais iniciativas deste nível territorial do que de âmbito local;
- São 28 as cidades capitais, nacionais e regionais, implicadas no desenvolvimento de orçamentos participativos em África.
- Foram identificadas 20 cidades africanas com mais de 1 milhão de habitantes a promover este tipo de iniciativas.
Contexto Territorial
Tendo por base os índices internacionais analisados no presente Atlas, conclui-se que:
- Cerca de 50% dos Orçamentos Participativos em África estão localizados em países com regimes autoritários; aproximadamente 36% em nações com regimes híbridos; 14% em estados com democracias imperfeitas. Esta é uma situação distintiva do contexto africano, na medida em que se trata do único continente em que a maioria dos processos diagnosticados, cerca 85 a 86%, está sedeada em países considerados não democráticos;
- A maioria dos OP africanos, cerca de 69%, está localizada em territórios com o mais alto nível de corrupção; os restantes 31% encontram-se no grupo de países posicionados no terceiro nível de corrupção, confirmando, assim, o contexto distintivo dos casos desenvolvidos nesta região do planeta;
- Cerca de 61% dos OP estão localizados em territórios com o mais baixo nível de desenvolvimento humano;
- Aproximadamente 65% dos OP africanos encontram-se em países com o segundo nível mais elevado em termos do ranking de felicidade. Os restantes 35% estão circunscritos às nações posicionadas no terceiro nível deste mesmo índice.
Palavras-chave
Atendendo ao contexto traçado anteriormente, os Orçamentos Participativos em África tendem a ser promovidos maioritariamente como instrumentos de promoção da governação, de ampliação da participação e de reforço da transparência das instituições.
Indíce de Democracia
Indíce de Democracia
Indíce de Democracia
Democracias Plenas
0
0.00%
Democracias Imperfeitas
139
14.51-14.55%
Regimes Híbridos
343
35.80-35.92%
Regimes Autoritários
473-476
49.53-49.69%
Índice de Perceção da Corrupção
Índice de Perceção da Corrupção
Índice de Perceção da Corrupção
100 - 76 (Baixo)
0
0.00%
75 - 51 (Médio)
0
0.00%
50 - 26 (Alto)
294-297
30.79-31.00%
25 - 0 (Muito Alto)
661
69.00-69.21%
Índice de Desenvolvimento Humano
Índice de Desenvolvimento Humano
Índice de Desenvolvimento Humano
Muito Alto
0
0.00%
Alto
8
O.84%
Médio
364-367
38.12-38.31%
Baixo
583
60.86-61.05%
Índice da Felicidade Mundial
Índice da Felicidade Mundial
Índice da Felicidade Mundial
8.0 - 6.1 (Muito Alto)
0
0.00%
6.0 - 4.1 (Alto)
513-516
64.85-67.84%
4.0 - 2.1 (Médio)
278
35.01-35.15%
2.0 - 0.0 (Baixo)
0
0.00%